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A bela baía da Amazônia Azul

  • 07 de novembro de 2017 - 11:57

O III Fórum Internacional Gestão de Baías estará reunindo em Salvador, no dia 13/11, o Conselho Internacional das Mais Belas Baías do Mundo para discutir os investimentos em infraestrutura e turismo na Baía de Todos os Santos, considerada a segunda maior baía do mundo e a mais bela da Amazônia Azul. Kirimurê, como era conhecida a BTS dos tempos dos índios Tupinambás, do cacique Taparica, de sua filha Paraguaçu e do náufrago português Caramuru, completou 216 anos da sua descoberta pelos portugueses no dia 1o de novembro.

A Baía de Todos os Santos escolhida para sede da Amazônia Azul tem características que a tornam impar entre as baías do mundo. Está localizada no meio da costa brasileira, possui uma área de 927 km2 e volume aproximado de 6,39 trilhões de m3, águas protegidas e fundas com profundidade média é de 6,9 m, profundidade máxima de 102 m em ponto próximo ao Farol da Barra, possui 184 km de extensão costeira, do Farol de Santo Antônio até a Ponta do Garcez, abriga mais de 30 ilhas, é recortada por mais três baías menores, Tainheiros, Iguape e Aratu, e dentro dela desembocam os rios Paraguaçu, Subaé, Jaguaribe e vários riachos.

A região que contorna a Baía de Todos os Santos é a mais desenvolvida do Estado e além de Salvador abriga mais 13 municípios. No contorno da BTS está localizada a refinaria de Mataripe, o Centro Industrial de Aratu, o Polo Industrial de Camaçari, com seu integrado complexo petroquímico, moderna fábrica de automóveis da Ford, a usina de cobre e fábrica de ácido sulfúrico da Paranapanema e outras unidades industriais e de serviços localizadas no Recôncavo que totalizam investimentos de aproximadamente US$ 30 bilhões.

Estão localizados na Baía de Todos os Santos os Portos de Salvador e Aratu-Candeias e vários terminais privativos sendo os principais o Terminal Almirante Alves Câmara – Temadre, da Petrobras, o Terminal Portuário de Cotegipe – TPC, de M. Dias Branco, o Terminal Marítimo Dow Brasil Nordeste – TMDBN, da Dow Química, o Terminal Miguel Oliveira, da Ford, o Terminal Marítimo Gerdau – Usiba – TMG, da Gerdau, a Base Naval de Aratu, da Marinha do Brasil, além de outros terminais menores, fabricantes de módulos de plataformas, oficinas de reparo naval e marinas de clubes recreativos.

Os portos e terminais marítimos da Baía de Todos os Santos movimentam cerca de 40 milhões de tonelada por ano de mercadorias, estimando-se o número anual de atracações/desatracações em cerca de 2.200, incluindo-se ai os navios no transporte de longo curso e o de cabotagem.

O Fórum que em todo o mundo se preocupa com a gestão das baías deverá abordar as vantagens e desvantagens da construção da ponte Salvador-Itaparica, projeto considerado de alta prioridade pelo Governo do Estado, e do projeto Porto Travessia, com portos de águas profundas e ferrovia ligando o continente à ilha. Estará em pauta a transferência da Esquadra Brasileira da Baía de Guanabara para a Base Naval de Aratu, defendida por parte do almirantado da Marinha do Brasil, a ampliação do estaleiro de São Roque do Paraguaçu, pertencente à Petrobras, e da conclusão do Estaleiro Enseada, de iniciativa particular. Os investimentos de ampliação do terminal de contêineres do Porto de Salvador, já autorizada pelo Governo, a ampliação do píer de atracação do terminal de granéis líquidos do Porto de Aratu-Candeias, considerado inadiável pela iniciativa privada, também integrarão a pauta desse importante fórum.

O debate sobre a BTS se justifica não só pela sua importância econômica para o Estado da Bahia e para o Brasil, como também pelas preocupações que norteiam a preservação do meio ambiente e a manutenção das belas e encantadoras paisagens.

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