A Associação Comercial da Bahia (ACB) tem levantado a bandeira em defesa das imprescindíveis reformas administrativa e tributária, por acreditar que este é o caminho para a recolocação do Brasil na rota dos investimentos que elevem a representatividade nacional na economia global.
“Temos visto notícias de que os governantes brasileiros estão buscando a indústria automobilística chinesa para substituir a Ford. Onde está a indústria brasileira? Precisamos ter a consciência de que somente com investimentos em tecnologia e educação garantiremos a sustentabilidade para o futuro dos nossos filhos e netos”, aponta o vice-presidente da ACB, Paulo Cavalcanti.
Diante deste cenário atual que o Brasil está passando, somente a partir da mobilização da sociedade civil organizada, dos movimentos associativistas empresariais e sindicatos de trabalhadores será possível ter avanços, afinal, mesmo com notícias devastadoras, como o fechamento da Ford, a pandemia do covid e de pânico, a população tem estado pacífica diante da postura dos representantes públicos em demonstrarem maior interesse na discussão de demandas internas.
A reforma administrativa do estado brasileiro precisa ser transformada em pauta prioritária e os Encontros Integrados para Tomada de Decisão, promovidos pelo Núcleo Jurídico da ACB, são um espaço para esse debate. A proposta dessas discussões é envolver todos os setores da sociedade em torno deste tema tão necessário para todos.
“Esperamos que esta decisão da Ford acenda os sinais de alerta. Precisamos avançar na modernização do Estado e na garantia da segurança jurídica para os investimentos privados no Brasil. Diante disso, podemos afirmar: o empresário não pode deixar de participar. A construção de uma consciência da sua função social é questão de sobrevivência. Do contrário, continuaremos neste ambiente hostil e decadente. É isso que queremos?”, indaga Cavalcanti.
*Publicada às quartas-feiras, a coluna mostra a atuação da Associação Comercial da Bahia na defesa do empresariado baiano