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A fruticultura no Vale do São Francisco

  • 19 de setembro de 2017 - 11:27

Vice-Presidente Carlos Cohin

O Brasil é o terceiro maior produtor mundial de frutas, com cerca de 42 milhões de toneladas por ano. Respondendopor 25% do valor da produção agrícola nacional, a fruticultura, nos últimos anos, aumentou sua área a umataxa nunca antes registrada. A expansão de suas fronteiras vem se dando primordialmente em direção a região Nordeste, ondecondições de luminosidade, umidade relativa e temperatura são muito mais favoráveis do queasregiões Sul e Sudeste, até então, tradicionais centros produtores.

Neste cenário, a área margeada pelo rio São Francisco nos estados de Minas Gerais, Bahia e Pernambuco, com destaque para as cidades de Juazeiro, na Bahia e Petrolina, em Pernambuco, gera um faturamento anual de R$ 2 bilhões, criando 240.000 empregos diretos no campo, classificando o Vale como a maior região produtora de frutas do Brasil.

Com destaque para uva de mesa e manga, outras culturas também são desenvolvidas na região, como a goiaba, coco verde, melão, melancia, acerola, maracujá e banana, em empreendimentos de fruticultura distribuídos em três categorias: pequenos (com até 20 hectares) 94%; médios (de 20 a 50 hectares) 4%; grandes (acima de 50 hectares) 2%.

Único Semi-Árido Tropical do Mundo, o Vale do São Francisco apresenta vantagens competitivas únicas: mais de duas safras/ano/planta, baixa incidência de doenças, proximidade dos mercados, abundância de mão-de-obra e grande disponibilidade de água.

A fruticultura promoveu um grande dinamismo na economia e na estrutura urbana, tornando o Vale do São Francisco em um aglomerado urbano próspero, com índices de desenvolvimento bem acima da média regional. É uma atividade intensiva de mão-de-obra,gerando em média cinco empregos por hectare,dos quais, grande parte é ocupada por mulheres, dadas as especificidades das atividades, que demandam cuidados especiais de manuseio.

Desafio é alcançar novos mercados

Apesar de ser o terceiro maior produtor mundial de frutas frescas, o Brasil tem uma inserção inexpressiva no mercado internacional.Atualmente, o país participa com cerca de 3% das exportações mundiais de frutas.

Sustentabilidade, amadurecimento e fortalecimento das entidades representativas, capacitação, inclusive em gestão para pequenos e médios produtores, e infraestrutura para escoamento da safra são demandas que, como aponta o empresário Carlos Cohim, podem melhorar a inserção do país no comércio mundial de frutas.

Vice-Presidente Carlos Cohim

Diretor da Associação Comercial da Bahia, Cohim apontou, durante reunião de diretoria da entidade, alguns fatores que contribuem para esse baixo desempenho, como falta de estrutura de armazenamento, logística, embalagens inadequada se a própria desinformação do produtor.

“Além disso, necessitamos ainda de mecanismos de seguro, com subsídio governamental, contra intempéries, fortalecimento de medidas fitossanitárias na importação de frutas, equiparação tributária do produtor ao exportador, já que os produtores que exportam através de organizações exportadoras não usufruem dos benefícios, e eliminação de impostos de importação de uvas na Europa”, pontua Carlos Cohim.

 

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