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A preservação de vidas é compatível com o trabalho formal

ACB Em Foco*

  • 10 de março de 2021 - 08:38

Mario Dantas – Presidente da Associação Comercial da Bahia e Lide BA

O Brasil vive a fase mais preocupante da pandemia causada pela Covid-19 e na Bahia, infelizmente, a situação não é diferente. Medidas restritivas têm sido adotadas pelo governo do estado e prefeituras municipais, incluindo o atual momento de lockdown parcial. Inquestionavelmente, o momento é de preservar vidas e também zelar pelo bem-estar social, incluindo manutenção de empregos e geração de renda. Para isso, se faz necessário um olhar mais sensível à situação econômica, que acompanhe os cuidados com os baianos, mantenha empresas vivas e assegure a fonte de sustento das famílias.

A principal arma que temos para lutar contra este vírus é a vacina, que infelizmente tem chegado à população de forma lenta. Assim, o distanciamento social, o uso de máscaras, a higienização e a testagem em larga escala ainda são medidas imprescindíveis. A população precisa ter noção da gravidade da situação e evitar aglomerações irresponsáveis em festas clandestinas e outras.

Como acredita o presidente da Associação Comercial da Bahia, Mário Dantas, a atividade empresarial formal não pode ser classificada como fator preponderante do agravamento da doença. Ao contrário, ela ajuda na prevenção e diminuição do contágio. “Os empresários formais do estado da Bahia adotaram rigorosamente todas os protocolos e medidas de prevenção à proliferação do vírus apresentadas pelos poderes públicos, cumprindo com a obrigatoriedade do uso de máscaras, distanciamento físico, disponibilização de álcool em gel e tapetes sanitizantes, além do controle do número de pessoas nos estabelecimentos”, destaca Dantas.

O que não pode ser negado é o impacto do trabalho formal no transporte público, este sim fator agravante dos índices de contágio. Nenhum sistema de transporte público do mundo é dimensionado para não ter um mínimo de aglomeração, nos horários de pico. Assim a solução é escalonar os horários de funcionamento das atividades produtivas para diluir a sua utilização, evitando a concentração de usuários. A prefeitura de Salvador apresentou às lideranças empresariais um trabalho fantástico, muito bem elaborado propondo este escalonamento das atividades formais.

Tudo o que estava ao alcance do empresariado foi feito. No entanto, o apoio esperado por parte dos governos não tem chegado, principalmente quanto às medidas compensatórias para a economia. “Oferecer parcelamento incentivado de tributos, até a isenção de tributos para setores mais afetados, ampliação da carência das linhas de crédito ofertadas no ano passado e a oferta de novas linhas de crédito são alguns dos pontos que ajudariam as empresas nesse momento desafiador. As três instâncias, municipal, federal e estadual, precisam entender que é necessário socorrer as empresas, porque, senão, os impactos no desemprego e nas contas públicas serão aterrorizantes”, enfatiza Mário.

A maior reivindicação do empresariado neste momento gira em torno do processo de vacinação. Os setores produtivos entendem que a preservação de vidas humanas e a retomada das atividades econômicas dependem diretamente da imunização ampla da população.

*Publicada às quartas-feiras, a coluna cobre a atuação da Associação Comercial da Bahia na defesa do empresariado baiano

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