Presidente da Associação Comercial da Bahia e do Grupo Lide-Ba, Mário Dantas, avaliou ao Portal M! sobre os impactos da pandemia da Covid-19 na economia do Estado. Para Dantas, a única solução é a vacina.
“Estados e municípios têm que comprar a vacina e acelerar a vacinação. Infelizmente, o Governo Federal foi omisso no passado quando já tinha que ter feito contratos para a aquisição de vacinas e a vacinação está muito lenta”, disse.
“A única solução é a vacina. Deveriam estar todos focados. A vacina mais cara do mundo é muito barata pelo dano que está causando para a economia. Se eu fosse o governador estaria gastando meu dinheiro com vacina”, ressaltou.
Dantas lembrou ainda que Israel registrou cerca de 50% da população já vacinada contra a doença, além do Chile, que registrou aproximadamente 20% da população imunizada. “E a gente aqui com 2%. Uma Vergonha isso. Ineficiência. Tem que correr com a vacina”.
“Se não fossem os esforços isolados do Butantan, do governo de São Paulo e da Fiocruz, não tínhamos ninguém vacinado. A inoperância do Ministério da Saúde e do Governo Federal é absurda”, pontuou.
“Estamos preparando um estudo com as entidades lideradas pela Fecomércio, que demonstra numericamente que não é a empresa formal, nem o trabalho formal que está gerando a contaminação. Tem uma relação direta com feriados, festas clandestinas e o período da eleição, no qual houve carreatas e aglomerações durante o período e as comemorações eleitorais. Dez dias depois, que é o prazo médio da incubação, você viu o pico da contaminação”, completou.
Mário Dantas revelou ao Portal M! que está analisando também o impacto do trabalho formal no transporte público “que é o maior gargalo, o maior problema e entendemos essa dificuldade”.
Questionado sobre o decreto do toque de recolher no Estado, Dantas disse que reconhece a posição do poder público e alerta a população sobre a irresponsabilidade na realização de eventos.
“Temos que apelar pela responsabilidade e bom senso da população. Não pode fazer festa, paredão ou gandaia como as pessoas estão fazendo. E Não é só no paredão do pobre não. Você olha no Leblon, no Rio de Janeiro e nas áreas ricas de Salvador, o povo está fazendo festa”, disse.
“Eu entendo a posição dos governantes, que precisam tomar medidas para que o cidadão não venha a óbito sem atendimento hospitalar”, finalizou.
Fonte: Muita Informação