Veiculação programática, data science, inteligência artificial. As perspectivas e os efeitos das inovações tecnológicas foram tema da Mesa Redonda do Núcleo Empresarial de Gestão de Crise e Reputação da Associação Comercial da Bahia (ACB) desta terça-feira (06), com participação do CEO da Zygon Adtech, Lucas Reis. Através do canal da ACB no YouTube, o especialista em soluções de tecnologia e dados para publicidade digital transmitiu informações necessárias para o crescimento desse mercado na Bahia e no Brasil.

Doutor em Comunicação e pesquisador associado do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Democracia Digital, Lucas disse que as redes sociais, como tudo em nossas vidas, tem riscos e oportunidades. “O que precisamos é traçar as melhores estratégias para mensurar estes riscos e aproveitar as oportunidades”, pontuou.

Se lidar com crises sempre foi complicado, o crescimento das redes digitais vem aumentando estas dificuldades, como analisa Lucas Reis. “Podemos tentar diluir as matérias veiculadas, fazer programações em sites de busca para otimizar outros conteúdos, mas geralmente não vamos conseguir tirar a informação do ar. Por isso destaco a importância de monitoramento constante e que se busque sempre uma agenda positiva”, aconselhou.

Como apontou, é necessário ainda que as empresas comecem a naturalizar as novas tecnologias e encarar o ambiente digital como algo incorporado ao dia a dia. “Há uma série de ações a serem adotadas, como a profissionalização e a compreensão de que o consumidor usa as ferramentas digitais em suas decisões. Outra dica é ir crescendo à medida que a roda gira, com um cronograma que não tente abraçar o mundo de uma vez”, sugere.

Conduzido por Paulo Cavalcanti, vice-presidente e coordenador do Núcleo da ACB, a Mesa Redonda contou ainda com os comentários da jornalista Monique Melo, do estrategista Marcelo Lyra e do advogado Washington Pimentel, além do professor Zilan Costa e Silva, para quem os avanços tecnológicos são “um experimento que ainda não sabemos os resultados, mas com certeza o empresariado não pode deixar de acompanhar.”