Entidades que representam as atividades comerciais na Bahia encaminharam, nesta sexta-feira (19), uma carta ao prefeito de Salvador, Bruno Reis. No documento, os grupos se colocam “à disposição para colaborar com o Poder Municipal no enfrentamento ao vírus” da Covid-19.
O texto é assinado por Mário Dantas, presidente Associação Comercial da Bahia; Alberto Rocha, presidente da CDL Salvador; Antoine Tawil, da FCDL Bahia; Carlos Andrade, presidente da Fecomércio-Ba; e Luis Henrique Mercês, da CDL de Feira de Santana. Nele, defendem que o aumento de casos não está relacionado à reabertura do comércio, mas sim às aglomerações irregulares.
“Desde março de 2020, seguimos fazendo a nossa parte, colocando a preservação da vida em primeiro lugar. Fechamos nossas portas para que a infraestrutura da saúde pública pudesse se preparar. Reabrimos com a máxima responsabilidade para o cumprimento de protocolos sanitários, rigorosamente fiscalizados pelos órgãos responsáveis. Não à toa, foram registrados sucessivos índices de queda nas taxas de ocupação de leitos UTI logo após a reabertura dos shopping centers e comércio de rua em 24 de julho de 2020, evidenciando que o aumento do contágio não está ligado diretamente ao funcionamento do comércio, mas sim à ocorrência de aglomerações”, defendem.
As entidades disseram apoiar o toque de recolher estabelecido pelo governo do estado (veja aqui), e também as medidas restritivas mais duras da prefeitura (entenda aqui), “desde que por curtos prazos”. “Alertamos que a economia pode não suportar um novo fechamento do comércio, gerando desemprego de milhares de pessoas, entre outros prejuízos sociais, que repercutirão, inclusive, no aumento das aglomerações. A geração de tributos necessários para a manutenção da máquina pública também será fortemente prejudicada, uma vez que o setor terciário responde pela maior parcela do PIB soteropolitano”, avaliam.
Na carta, são elencadas sugestões que os grupos acreditam serem eficazes para o controle da pandemia, como a ampliação da frota de ônibus, a reativação dos hospitais de campanha, escalonamento no horário de funcionamento de shoppings, além da aplicação de multas para quem participar de aglomerações ilegais. Clique aqui e leia todas as recomendações.
Fonte: Bahia Notícias