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Após alta de combustíveis, mercado sobe pela 3ª semana seguida estimativa de inflação

Analistas de bancos ouvidos pelo Banco Central elevaram de 3,40% para 3,45% a estimativa para o IPCA neste ano. Previsão para a taxa de juros no fim de 2017 recuou de 8% para 7,5% ao ano

  • 07 de agosto de 2017 - 12:28

O mercado financeiro elevou pela terceira semana consecutiva sua estimativa de inflação para este ano e passou a estimar uma queda maior nos juros, informou nesta segunda-feira (7) o Banco Central no relatório conhecido como Focus.

De acordo com o levantamento do BC, a inflação deste ano deve ficar em 3,45%, na mediana. A pesquisa ouviu mais de 100 instituições financeiras na semana passada.

No relatório anterior, feito com base nas previsões coletadas pelo Banco Central na semana retrasada, os economistas estimavam que a inflação ficaria em 3,40%.

O movimento acontece após a alta da tributação sobre combustíveis, anunciada recentemente pelo governo para tentar aumentar a arrecadação e alcançar a meta fiscal de 2017.

Apesar da alta, a nova previsão mantém a inflação abaixo da meta central para o ano, que é de 4,5%. A meta de inflação é fixada pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e deve ser perseguida pelo Banco Central, que, para alcançá-la, eleva ou reduz a taxa básica de juros da economia (Selic).

A meta central de inflação não é atingida no Brasil desde 2009. À época, o país ainda sentia os efeitos da crise financeira internacional de forma mais intensa.

Para 2018, a previsão do mercado financeiro para a inflação ficou estável em 4,20% na última semana. O índice segue abaixo da meta central (que também é de 4,5%) e do teto de 6% fixado para o período.

PIB e Juros

Para o Produto Interno Bruto (PIB) de 2017, o mercado financeiro manteve sua estimativa de crescimento em 0,34%.

Para 2018, os economistas das instituições financeiras mantiveram sua estimativa de expansão da economia em 2%.

O mercado financeiro também baixou sua previsão para a taxa básica de juros da economia, a Selic, de 8% para 7,5% ao ano para o fechamento de 2017.

Ou seja, os analistas passaram a estimar uma redução maior dos juros neste ano. Atualmente, a Selic está em 9,25% ao ano.

Para o fechamento de 2018, a estimativa dos economistas dos bancos para a taxa Selic recuou de 7,75% para 7,5% ao ano. Com isso, estimaram que os juros ficarão estáveis no ano que vem.

Câmbio, balança e investimentos

Na edição desta semana do relatório Focus, a projeção do mercado financeiro para a taxa de câmbio do dólar no fim de 2017 caiu de R$ 3,30 para R$ 3,25. Para o fechamento de 2018, a previsão dos economistas para a moeda norte-americana recuou de R$ 3,43 para R$ 3,40.

A projeção do boletim Focus para o resultado da balança comercial (resultado do total de exportações menos as importações) em 2017 permaneceu em US$ 60 bilhões de resultado positivo. Para o próximo ano, a estimativa dos especialistas do mercado para o superávit subiu de US$ 45 bilhões para US$ 47,6 bilhões.

A previsão do relatório para a entrada de investimentos estrangeiros diretos no Brasil, em 2017, permaneceu em US$ 75 bilhões. Para 2018, a estimativa dos analistas ficou estável também em US$ 75 bilhões.

Fonte: G1

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