A criação do Código de Defesa do Contribuinte da Bahia é vista pela Associação Comercial da Bahia (ACB) como caminho para melhorar a produtividade e a competitividade da economia do estado. Para ampliar este debate, o Núcleo das Micro, Pequenas e Médias Empresas da entidade promove reunião amanhã, às 15 horas, com a presença do presidente do Conselho Estadual de Defesa do Contribuinte do Estado de São Paulo (Codecon/SP), Márcio Olívio Fernandes da Costa, com o tema “Código de Defesa do Contribuinte, sua formação, objetivos e direitos que pretende garantir”.
Com mediação de Ângelo Pitombo, conselheiro do Conselho de Assuntos Tributários da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (Fecomércio-SP), o evento será transmitido pela plataforma Zoom. Como analisa ele, a Bahia precisa acompanhar, entre outros, os estados de São Paulo, Ceará e Minas Gerais, cuja importância do Código de Defesa do Contribuinte pode ser medida pela capacidade de operacionalizar seus objetivos em defesa dos contribuintes.
“Basta observar os membros de seu Conselho que, em São Paulo, é formado por representantes da Fiesp, Federação da Agricultura, Empresas de Transportes de Cargas, Sebrae, OAB/SP, Conselho Regional de Contabilidade, Associação Comercial, Associação dos Agentes Fiscais de Rendas, Sindicato dos Agentes Fiscais de Rendas, Casa Civil, além dos cargos mais importantes da administração tributária do Estado”, complementa Pitombo.
Como aponta o vice-presidente e coordenador do Núcleo das MPMEs da ACB, Carlos Gantois, a Bahia, tal como o Brasil, apesar de alguns avanços, ainda vive sob uma máquina pública calcada em uma carga tributária elevada e sob uma legislação complexa. Ele enfatiza ainda os entraves burocráticos que afetam os contribuintes em geral, inclusive os profissionais liberais e os pequenos e médios negócios, segmentos de grande relevância para a economia devido a notória representatividade como fontes geradoras de emprego e renda. Diante disso, a ACB tem demonstrado preocupação com a legítima defesa do contribuinte baiano nos âmbitos federal, estadual e municipal.
“A reunião de amanhã visa conhecer melhor a estrutura e atuação do Conselho de Defesa do Contribuinte de São Paulo. A referida entidade tem sido de grande valia na busca da equilibrada relação dos contribuintes com o fisco e demais entes públicos, abarcando a defesa de direitos, orientação tributária, simplificação e desoneração de processos, dentre outros aspectos que permitam fortalecer a iniciativa privada. Tal modelo pode contribuir para acelerar a criação do Código e do Conselho de Defesa do Contribuinte do Estado da Bahia, uma luta da ACB, juntamente com outras entidades”, assinala Gantois.
Também vice-presidente da ACB e do Núcleo das MPMEs, Rosemma Maluf reconhece e reforça a necessidade da criação do Código de Defesa do Contribuinte da Bahia. “É uma demanda de extrema importância para toda a sociedade, em especial para os MPMEs, pela fragilidade da estrutura de gestão, pois estabelece um relativo equilíbrio entre o poder de fiscalizar do Estado e os direitos do contribuinte, disciplinando a compulsão arrecadatória dos Tesouros da União, Estados e Municípios e assegurando o exercício dos direitos dos contribuintes de forma explícita, tentando evitar ou pelo menos reduzir os abusos do fisco”.
Coluna ACB em Foco publicada às quartas-feiras