O mercado começa a dar sinais de retomada das concessões de crédito. Cenário que vem resultando no aumento da demanda das micro e pequenas empresas do varejo e serviços (MPEs). Dados apurados pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) mostram que, entre junho e julho, o indicador que mede a intenção de contratar crédito registrou alta de 3,4 pontos. Em uma escala de zero a 100, o resultado de junho foi de 22,8 pontos, o valor máximo desde o início da série histórica.
Já na comparação com os meses de julho dos anos anteriores, houve um aumento no apetite por crédito. Em julho de 2017, o índice estava em 11,3 pontos, ao passo que no mesmo período de 2016 ficou em 10,8 pontos. Pela metodologia, quanto mais próximo de 100, maior é a probabilidade de os empresários procurarem crédito e quanto mais próximo de zero, menos propensos eles estão para tomar recursos emprestados.
Em termos percentuais, 14% dos micro e pequenos empresários consideram a possibilidade de contratar crédito pelos próximos três meses. Entre esses, 37% pretendem usar para capital de giro, 22% buscam recurso externo para pagar dívidas, 20% para reformar empresa e 18% para comprar equipamentos e maquinário.
No entanto, 73% descartam a possibilidade de contratar crédito no terceiro trimestre, sobretudo por acreditarem que conseguirão manter o negócio com recursos próprios (53%) e porque consideram as taxas de juros muito altas (30%). Além desses, 25% disseram estar inseguros com as condições econômicas do país.
Entre os empresários que pretendem tomar crédito nós próximos meses, 42% planejam contrair empréstimo, 17% buscam financiamentos e 10% querem contratar cartão de crédito empresarial. Em média, o valor a ser emprestado será de 35,887 mil reais. “Quando o ambiente de negócios estiver mais estável e com melhores perspectiva de consumo, enxergaremos um maior crescimento da demanda por crédito e investimento dos micro e pequenos empresários”, observa o presidente do SPC Brasil, Roque Pellizzaro Junior.
Fonte: Bahia Econômica