AURÉLIO PIRES Advogado – Diretor 1º Secretário da ACB
Os Governantes brasileiros, e em particular os do Estado da Bahia, devem se conscientizar da necessidade de envidar esforços, no sentido de senão eliminar, diminuir ou pelo menos estancar a taxa de desemprego, da Região Metropolitana de Salvador, a qual, de 24,8%, em Junho, cresceu para 25,7% em Julho, da População Economicamente Ativa – PEA – segundo nota divulgada pelo Sistema de Emprego e Desemprego, da SEP (Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia) em parceria com o DIEESE, SETRE e SEADE.
Estimado em cerca de 487 mil pessoas (22 mil a mais do que no mês anterior) o contingente de desempregados aumentou em decorrência do crescimento da PEA (aumentou 19 mil pessoas). Por sua vez, o contingente de ocupados, registrou um pequeno acréscimo na atividade da Indústria de Transformação, no Comércio e Reparação de Veículos Automotores e Motocicletas, e um mínimo na Construção Civil, havendo a redução acentuada na atividade de serviços, decréscimo esse da ocupação no Setor Privado, com Carteira assinada (19 mil), e sem Carteira assinada (3 mil), com um declínio de empregados domésticos. Em contrapartida houve aumento no contingente de trabalhadores autônomos, e donos de negócios familiares.
Os resultados dessa pesquisa são preocupantes, pois vem em ritmo de crescimento, cumprindo a classe empregadora criar mecanismos para enfrentá-lo, no que a ASSOCIAÇÃO COMERCIAL DA BAHIA, conclama toda a classe empresarial, para criar condições de desenvolvimento, pois ensina o bordão, que “da crise das lágrimas, criaram-se lenços”.
Esses resultados, produzem informações sobre a estrutura e a dinâmica do mercado de trabalho na Região Metropolitana do Salvador, podendo estimular reflexão na área patronal de que a solução para a crise global, que se enfrenta, não passa necessariamente pela redução do quadro de trabalhadores, já que a legislação permite redução da carga horária de trabalho e consequente de salário, flexibilização de atividades e outras medidas, que permitem, com menos custos, a permanência do vinculo. As informações produzidas, provocam a atuação dos gestores e estudiosos do mercado de trabalho, para a tomada de decisões não só na área de relação de empregos, mas também, no campo econômico e político social, de um modo geral.
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