De acordo com Filipe de Araújo Vieira, superintendente do Portal do Consumidor-BA, a responsabilidade do fornecedor é objetiva — quando a causa do dano independe das ações ou intenções de quem assumiu o compromisso. “Ainda que varie entre duas ou três opções de empresas de entrega, ou, ainda que o frete seja gratuito, a responsabilidade principal sempre continuará sendo do site vendedor”, explica. Isso não impede que em alguns casos os Correios, ou qualquer outro agente de entrega expressa, seja responsabilizado.
Na capital, os pontos do Procon estão localizados nos SACs da Liberdade, Shopping Barra, Shopping Salvador, Periperi, Comércio, Posto no Aeroporto, Shopping Bela Vista, Cajazeiras e o Procon Central na Rua Carlos Gomes.
É possível comprar online e retirar produto em loja
Casa de ferreiro, espeto de pau. Há pouco mais de 12 dias, a personal shopper (especialista em compras que oferece opções dentro da necessidade e bolso do cliente) Andréia Sversut comprou uma cafeteira para presentear o seu namorado no Natal. Hoje, sabendo que o prazo expirou, ela não está mais otimista e acredita que o café expresso só sairá depois das festas de final de ano.
Para os atrasados que ainda não compraram as lembrancinhas, a personal aconselha que seja feita uma pesquisa para saber se o e-commerce também tem loja física. “Em alguns casos, é possível comprar online e retirar em uma unidade na própria cidade”, explica. Nesse caso, apesar da comodidade ser deixada de lado, ainda há a vantagem de poder encontrar produtos mais baratos e comparar preço com outras lojas concorrentes.
Já no ano que vem, para evitar o risco de ficar sem presente, outra opção sugerida por Andréia é escolher as transportadoras privadas na hora de fechar a compra. De acordo com a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), 35% das lojas virtuais já utilizam o serviço. Entre as vantagens estão a possibilidade de rastreamento e o menor risco de haver uma paralisação. Quem optar por essa modalidade de envio terá que investir mais.
O uso de boletos também deve ser colocado na balança. A ABComm aponta que 34,5% dos pedidos feitos na internet usam essa forma de pagamento. Dos gerados, quase a metade não é quitado. Além da compra demorar mais para ser aprovada — em alguns casos a loja chega a pedir o comprovante —, o risco de cair em um golpe virtual é maior. Para ter mais agilidade e segurança, o cartão de crédito é a melhor saída: o estorno tem mais possibilidades de acontecer e a liberação é mais rápida.
Veja dicas para garantir a sua segurança
De olho na redes sociais O e-mail, as redes sociais e até o SMS são terrenos férteis para crimes virtuais. Nesses casos, a segurança do consumidor está a um clique, afinal, os casos mais comuns são os de envio de links falsos de uma loja conhecida. Se recebeu uma oferta tentadora, não precisa arriscar e muito menos ficar com o peso de ter perdido a oferta. Uma saída é procurar no Google o site oficial da loja e checar se o preço é real.
Se ligue nos meios de pagamento O site só aceita boleto ou depósito? Desconfie. Com essas formas de pagamento você dificilmente terá direito a estorno caso caia em um golpe virtual. O ideal é usar o cartão de crédito. Nesse caso, se você identificar uma compra indevida, basta ligar para a central que ela tem grandes chances de ser cancelada. Geralmente, o número da ouvidoria fica no verso do cartão.
Busque referências Os seus amigos conectados nunca ouviram falar do site que você quer comprar? Corra para sites de referência como o Reclame Aqui e veja o que outros consumidores falaram sobre. O número de instisfeitos e o nível de solução da empresa já dão indícios se a compra deve ser finalizada.
Tá muito barato! O seu sonho natalino é comprar um novo smartphone. Em dez lojas (confiáveis) o preço ultrapassa os R$ 2 mil, mas tem aquele site que você nunca ouviu falar com um desconto de 70%. Quando se deparar com preços abaixo da faixa normal, pense duas vezes se aquela compra oferece segurança.
Fornecedor anônimo Uma loja virtual que oferece informações como número para contato, e-mail e CNPJ já pode ganhar pontos. Em caso de problemas, o comprador terá mais facilidade em entrar em contato para reclamar. Caso não tenha nenhum canal de atendimento, é melhor evitar.
Certificado de segurança Quando um site é confiável o navegador ‘denuncia’: além de ter a sigla ‘https’, ainda aparece um cadeado fechado ao lado da barra de endereço. Ao clicar no cadeado, é possível checar o certificado de segurança do portal.
Aposte em antivírus e o firewall A segurança eletrônica depende principalmente do consumidor, mas quando o computador tem antivírus ou firewall, as chances de cair em ciladas são menores. Além das opções pagas, o mercado oferece versões de teste ou gratuitas. Sempre atualize o programa e fuja de computadores públicos.
Jornal Correio da Bahia