Para falar sobre os Cenários da Produção e Consumo de Energia no Mundo, no Brasil e na Bahia no Século XXI, o professor e engenheiro Fernando Alcoforado visitou a Associação Comercial da Bahia nesta quinta-feira, 04/08, quando palestrou para diretores da casa.
O tema da exposição foi baseado no livro “ENERGIA NO MUNDO E NO BRASIL – Energia e mudança climática catastrófica no século XXI”, lançado pelo professor Alcoforado em 2015. Como pronunciou, “para evitar o futuro catastrófico que se prenuncia para a humanidade, é preciso, entre outras medidas, promover mudanças na atual matriz energética mundial, baseada fundamentalmente em combustíveis fósseis (carvão e petróleo), por outra, estruturada com base nos recursos energéticos renováveis (hidroeletricidade, biomassa e fontes de energia solar e eólica) para contribuir com o desenvolvimento sustentável”.
Doutor em Planejamento Territorial e Desenvolvimento Regional pela Universidade de Barcelona, professor universitário e consultor nas áreas de planejamento estratégico, planejamento empresarial, planejamento regional e planejamento de sistemas energéticos, Fernando Alcoforado apresentou estratégias que possibilitem compatibilizar a produção e o uso da energia com o desenvolvimento sustentável no Brasil e no mundo.
Dentre as alternativas apresentadas pelo professor está a substituição de energia comprovadamente poluente por fontes Hidráulica, Biomassa, Etanol, Biodiesel, Biogás, Geotérmica, Marítima, Eólica, Solar, Pilha Combustível. “Um dos principais atributos do biodiesel é a sua capacidade de reduzir a emissão de poluentes atmosféricos em comparação como óleo diesel, contribuindo para a redução do efeito estufa com melhorias na qualidade de vida e da saúde pública”, exemplificou.
Como mensagem final, o palestrante falou sobre a implantação de um sistema sustentável de energia no mundo e no Brasil para reduzir as emissões de gases do efeito estufa e evitar a mudança climática catastrófica. “O Brasil deveria rever o PNE 2030 abandonando a implantação de hidrelétricas na Amazônia,centrais elétricas nucleares e o aumento da produção de petróleo no Brasil priorizando as fontes renováveis de energia (eólica, solar e biomassa)”.
Sobre a Bahia, Fernando Alcoforado disse que o estado deveria priorizar o aproveitamento de fontes de energia renovável (PCH´s, eólica , solar e biomassa) e incrementar a produção de etanol e biodiesel para atender a demanda interna. “Entre as alternativas em discussão está a expansão da produção de dendê no Brasil. A cultura do dendê tem reais possibilidades de crescer na Bahia. A mamona da Bahia, apesar de não ser competitiva na produção de biodiesel, vive um bom momento com preços altos e remuneração recorde para o produtor”, pontuou.