A expectativa de inflação avançou em todas as faixas de renda. A maior alta ocorreu na faixa de consumidores com renda familiar até R$ 2.100,00, cujas expectativas de inflação passaram de 5,8% em abril para 6,5% em maio.
“O aumento da expectativa de inflação dos consumidores em maio deve ser analisado com cautela, uma vez que a taxa prevista para os próximos 12 meses, na faixa dos 5%, é ainda baixa em termos históricos. Por outro lado, acende-se uma luz amarela em relação à possibilidade de que a alta esteja relacionada à expressiva alta do dólar em abril e maio. Esta percepção pode ainda estar sendo aprofundada pela incerteza provocada pela instabilidade do ambiente político”, afirma o economista Pedro Costa Ferreira, da FGV/Ibre.
Na distribuição por faixas de inflação prevista, 45,9% dos consumidores projetaram valores dentro dos limites de tolerância (3% – 6%) da meta de inflação de 4,5% estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional para este ano.
A proporção de consumidores indicando valores abaixo do limite inferior (3%) recuou de 23,5% para 22,2% do total entre abril e maio. Previsões entre o limite inferior (3%) e a meta (4,5%) foram as que ocorreram com maior frequência, tendo sido citadas por 27,1% dos entrevistados.
Fonte: Jornal A Tarde