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Fórum debate diversidade de gênero em conselho

Somente algo entre 37-39% dos cargos de média e alta gestão corporativa são ocupados por mulheres

  • 26 de outubro de 2022 - 08:52

Roberta Carneiro Föppel, advogada especialista em compliance – Foto: Acervo pessoal

Dados do IBGE e da OIT revelam que somente algo entre 37-39% dos cargos de média e alta gestão corporativa são ocupados por mulheres e, segundo pesquisa da BR Rating, somente 3,5% das grandes empresas no Brasil  possuem uma mulher como CEO.

Diante destas estatísticas, o Núcleo Bahia do Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) promoveu, na última sexta-feira, o 2º encontro do Fórum Temático de Diversidade, com o tema “Diversidade de gênero em Conselho de Administração e Alta Gestão”. O objetivo do encontro é conscientizar as empresas baianas sobre a geração de valor decorrente da promoção de um ambiente corporativo mais diverso e inclusivo.

Com mediação de Roberta Carneiro Föppel, advogada especialista em compliance, governança corporativa, diversidade e inclusão, o Fórum contou com apresentações de Rosemma Maluf, vice-presidente da Associação Comercial da Bahia (ACB), e Lisiane Lemos, cofundadora do Programa Conselheira 101 e gerente de Programas de Recrutamento de Diversidade, Equidade e Inclusão da Google América Latina.

Como justificou Roberta Föppel, a ideia do fórum pelo IBGC advém da necessidade de promover no mercado uma cultura corporativa baseada na diversidade e na inclusão que, além de assegurar valores humanos fundamentais, é também fonte permanente de criatividade e longevidade.

“O IBGC prega que a alta administração deve agir com urgência para assegurar tratamento justo e oportunidades iguais para todos, sobretudo na promoção de equidade de gênero e raça”, disse a advogada, que também integra a Comissão de Ética na Governança do IBGC nacional.

Roberta Föppel destacou ainda que a falta de equidade e isonomia entre homens e mulheres está presente em corporações do mundo todo. Como divulgou o Fórum Econômico Mundial, na 16ª edição do Índice Global de Desigualdade de Gênero, que é o mais abrangente estudo global sobre desigualdade de gênero, no ritmo atual de progresso, o mundo levará 132 anos para que haja uma paridade completa entre homens e mulheres.

Para acelerar este processo, em junho deste ano, a União Europeia editou uma norma que obriga as empresas de capital aberto a terem em seus conselhos no mínimo 40% de mulheres até 2026. No Brasil, devido a uma iniciativa da B3, a previsão é que, a partir de 2025, as companhias brasileiras de capital aberto deverão ter em seus conselhos de administração ao menos uma mulher e um integrante da população minoritária. Já no Congresso Nacional, tramitam dois projetos de lei que estabelecem a obrigatoriedade de 30% de presença feminina nos conselhos de administração.

Como acrescentou Rosemma Maluf, mulheres são força de trabalho e força de consumo e, por isso, as políticas de diversidade e inclusão devem ser vistas pelas organizações como estratégia competitiva.

“Essa desigualdade de condições entre mulheres e homens tem um custo econômico considerável, pois prejudica a produtividade e o desenvolvimento econômico. Mulheres e homens trazem diferentes habilidades e perspectivas para o trabalho, inclusive posturas distintas com relação ao risco e à colaboração. Estudos também mostraram que o desempenho financeiro das empresas melhora quando os conselhos de administração são mais equilibrados em matéria de gênero”, complementou a vice-presidente da ACB.

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