O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) acelerou a alta de 0,70% em agosto para 1,52% em setembro, divulgou nesta quinta-feira, 27, a Fundação Getulio Vargas (FGV). Assim, o indicador saltou de 8,89% em 12 meses até agosto para 10,04% em 12 meses terminados em setembro. Nos nove meses deste ano, o indicador acumulado registra elevação de 8,29%.
Em setembro, o resultado do IGP-M veio acima da mediana das estimativas do Projeções Broadcast, de 1,45%, mas dentro do intervalo de 1,22% a 1,74%.
Entre os três indicadores que compõem o IGP-M, o Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA-M) acelerou de 1,00% para 2,19% entre agosto e setembro; o Índice de Preços ao Consumidor (IPC-M) acelerou de 0,05% para 0,28%; e o Índice Nacional de Custo da Construção (INCC-M) desacelerou de 0,30% para 0,17% no período.
IPAs
A aceleração no ritmo de alta do IGP-M em setembro foi influenciada, principalmente, pela taxa de variação do Índice de Preços ao Produtor Amplo Agropecuário (IPA Agrícola), que atingiu 2,09% em setembro após 1,60% em agosto.
Ao mesmo tempo, o IPA Industrial ganhou força, marcando 2,22% no nono mês do ano, após ter apresentado expansão de 0,80% em agosto. Em 12 meses, o indicador acumula alta de 13,26% em setembro, acima do patamar de 11,66% do IGP-M verificado no mês anterior.
Os Bens Finais interromperam uma série de oito meses em retração e avançaram 1,00%. O item de maior contribuição para o movimento foi combustíveis para o consumo, cuja taxa passou de 0,02% em agosto para 8,21% em setembro.
O índice relativo a Bens Finais (ex), que exclui os subgrupos alimentos in natura e combustíveis para o consumo, registrou alta de 0,45%, após 0,24% no mês anterior.
Os Bens Intermediários também aceleraram, passando de 0,80% em agosto para 2,24% em setembro, com influência de subgrupo materiais e componentes para manufatura, que saiu de alta 0,35% para 1,57% em setembro.
Já as Matérias-Primas Brutas tiveram expansão de 3,53% em setembro após 2,11% no oitavo mês do ano. Os itens que mais pressionaram os preços foram: minério de ferro (3,35% para 10,49%), soja em grão (2,80% para 5,01%) e milho em grão (3,68% para 5,74%). Por outro lado, ajudaram a conter o movimento as variações em leite in natura (10,63% para -0,28%), cana-de-açúcar (0,33% para -1,39%) e mandioca/aipim (2,98% para 1,06%).
Fonte: Jornal A Tarde