Realizou-se em Salvador, de 28 a 30 de novembro deste ano, o 24º Congresso Nacional de Jovens Empreendedores – CONAJE. Estiveram presentes os empresários com idade inferior a 40 anos dos 26 Estados brasileiros e do Distrito Federal, discutindo questões ligadas aos seus negócios e ao futuro do Brasil. Um verdadeiro festival de novas ideias, criatividade, invenções, demonstração de vontade, discernimento, coragem e sobretudo de acreditar em suas realizações. Patric Piton, que está deixando a direção da Associação dos Jovens Empresários da Bahia (AJE-BA) e organizador do evento, será o novo Coordenador da ACB Jovem, sendo uma liderança empresária que desponta entre os jovens homens de negócio do Brasil.
Os jovens empresários do universo digital, grudados nos seus smartphones e conectados com o mundo, trazem consigo a esperança de um Brasil novo, próspero e desafiante. No momento em que as empresas de geração de energia eólica e solar fotovoltaica invadem o semiárido dos sertões da Bahia e produzem gigawatts que se aproximam da capacidade geradora da usina de Paulo Afonso, é de se concluir que alguma coisa está mudando, ou pelos menos, que os novos tempos estão chegando. Durante os momentos de crise, quando tudo parece estar desaparecendo, é que surgem novas ideias e iniciativas capazes de revolucionar o mundo.
A palavra da moda hoje é startup. No mesmo tempo que foi realizado o CONAJE deu-se início no HUB Salvador a uma competição de startups que funciona como uma verdadeira oficina de criatividade. Eventos semelhantes, direcionados para jovens de perfil de negócios, empreendedores, makers e designers, foram realizados em mais de 100 países e mais de oito mil startups já foram criadas. O termo startup está sendo usado para designar uma empresa nova, na maioria das vezes com uso de tecnologia de ponta, em fase de definição de modelo no que diz respeito ao processo de produção e pesquisa de mercados. O termo costuma ser aplicado para negócios emergentes, em pequena escala, capaz de ser copiável, coberta de incertezas e visando a produção de bens, serviços ou mesmo o desenvolvimento de processos de produção.
As startups surgiram com a internet, no mundo não real, virtual. Dizem que na China, país que hoje contabiliza o maior número de startups, as que são tidas como de maior sucesso foram empreendidas por jovens que já haviam falido antes, duas ou três vezes, em outros negócios, carregando consigo a experiência de saber o que fazer para não repetir o erro cometido.
Tudo na vida se transforma, ou melhor, tudo na vida está em permanente transformação. Na natureza, os seres vivos mudam para adaptarem-se às novas condições climáticas, surgindo novas espécimes e desaparecendo outras. No mundo empresarial, os negócios sobrevivem adaptando-se às novas conjunturas econômicas e aos novos costumes. A mudança de hábitos, de clima, do universo político, das relações comerciais e dos sistemas de permuta, exige adaptações imprescindíveis à continuidade de existência das empresas. As inovações que surgem, a necessidade de incorporação de novas tecnologias, o enfrentamento da concorrência, a obrigação de redução dos custos de produção, o imperativo aumento da produtividade, são elementos permanentes na gestão das empresas. Se não forem observadas as principais mutações em cada um dos segmentos das atividades produtivas de bens e serviços, o aumento do risco de extinção é inexorável.
Mais que tudo isso é a necessidade de se acompanhar o pensamento, o sentimento e a visão dos jovens. Quem não consegue pensar, quem não consegue sentir e quem não consegue enxergar como os jovens, não pode estar na cabeceira de seu tempo, não pode ser visto na dianteira dos comandos e não consegue se livrar de dar um salto no escuro. Entretanto, todo cuidado é pouco, pois, não se pode desprezar por completo a experiência, a astúcia e sobretudo, os conselhos dos mais velhos.