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Mercado imobiliário residencial dá sinais de recuperação após longo período de baixa

Um dos pontos cruciais para este crescimento é o fortalecimento da economia do país, que já pode ser sentido devido à redução gradual da inflação

  • 27 de outubro de 2017 - 11:12
O último trimestre de 2017 já mostra uma nova perspectiva e sinaliza um desempenho melhor do setor para 2018 (Divulgação)
Morar em imóvel próprio ou alugado? Essa é, sem dúvida, uma grande questão para boa parte das pessoas ao longo da vida. Com a desaceleração da economia nos últimos cinco anos, a decisão de investir em um bem mais caro ficou ainda mais difícil. “O alto número de desempregados, aliado às altas taxas de juros e baixas linhas de crédito, trouxe insegurança nas pessoas para a compra de um bem que pode comprometer parte da renda da família em até 35 anos, dependendo do prazo do financiamento que seja contratado”, pondera o presidente da Associação de Dirigentes do Mercado Imobiliário da Bahia, Cláudio Cunha.

O último trimestre de 2017, no entanto, já mostra uma nova perspectiva e sinaliza um desempenho bem melhor para 2018. A Ademi estima que ainda haja um crescimento de cerca de 10% no mercado imobiliário e uma valorização de 5% no valor dos imóveis. Um dos pontos cruciais para este crescimento é o fortalecimento da economia do país, que já pode ser sentido devido à redução gradual na inflação, que saiu de 10,7% em 2015 para 6,3% em 2016 após redução no juro básico Selic, que caminha para 7% ao ano. Com isso, há um acréscimo no Produto Interno Bruto (PIB) do país, o dinheiro volta a circular e aquece todo o mercado.

“A economia já começou a melhorar e a gente tem sentido isso nos estandes de vendas. A expectativa para o final de 2017 é a melhor possível. A gente hoje tem, através dos bancos, taxas de juros que começam em 5,4% e chegam a 9% ao ano. São oportunidades enormes para quem quer comprar imóvel. Além das poucas unidades que temos em estoque, que podem ser compradas com bons descontos, já há novos lançamentos que ajudam a movimentar o mercado”, destaca Cunha.

Oportunidade
Com a redução dos juros, as vendas aumentam e, com isso, há uma tendência de retomada de preços para vendas futuras. “De 2014 até início deste ano as incorporadoras estavam em fase final e fizeram realinhamento de preço. Temos 2.750 imóveis que estão sendo comercializados hoje em Salvador que foram lançados há dois anos, em outro momento econômico, e com preços bastante atrativos e condições supervantajosas. Novos lançamentos virão em torno da nova realidade econômica. A tendência é que os preços voltem a subir e, por isso, haverá uma rápida valorização dos imóveis”, sinaliza o presidente da Ademi.

O momento é mesmo bastante favorável para quem está com dinheiro para investir em um imóvel. “Os preços ainda estão baixos, não chegaram aos valores reais, e, consequentemente, para quem vai comprar será um ótimo negócio”, destaca Sérgio Sampaio, gestor em negócios Imobiliários.

Um estudo recente da Associação Brasileira de Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança (Abecip) aponta que setembro continuou em sua trajetória recente de redução no ritmo de queda nos preços nominais dos imóveis residenciais. Apesar de uma nova queda na margem (0,07%), o acumulado em 12 meses registrou -1,03%, contra -1,45% observados em agosto. Nos casos de Salvador, São Paulo, Recife, Curitiba e Goiânia, as médias de variação dos preços durante o terceiro trimestre deste ano foram positivas, após registrarem valores negativos na média do segundo trimestre.

Como fazer um bom negócio
Com a decisão tomada, uma dica importante é pesquisar. “Os salões de imóveis são sempre uma ótima oportunidade para quem está procurando imóveis. Primeiro por você ter num mesmo ambiente uma série de ofertas de produtos que podem atender a sua demanda, o que facilita muito a pesquisa e a comparação, e segundo porque é comum ter nestes eventos preços mais atraentes e condições especiais com descontos”, destaca Luciana Buck, professora da Unifacs dos cursos de negócios.

Nesta semana, mais de 3 mil imóveis, com desconto de até R$ 90 mil, estarão disponíveis para compra no Salão da Ademi, que acontece entre os dias 25 e 29 de outubro, no terceiro piso do Shopping da Bahia. Ao todo, serão 23 estandes disponíveis que devem ser visitados por cerca de mil pessoas. “O salão tem como vantagem permitir às pessoas ter acesso aos principais imóveis da cidade, tanto em bairros que já têm melhor infraestrutura quanto em outros que estão com boa valorização do imóvel”, destaca o presidente da Ademi, Cláudio Cunha.

Além de uma grande variedade de empreendimentos, que vão de R$ 99 mil até R$ 2 milhões, o salão imobiliário contará com a presença dos três principais bancos de créditos imobiliários para facilitar na consulta de taxas de juros e de análise de crédito para financiamento.

O Allegri Cabula foi lançado pela JVF Empreendimentos em 2016, tem entrega prevista para outubro de 2018 (Imagem: reprodução)

Apesar da grande oferta, é preciso ter cautela ao escolher um imóvel. Vale analisar alguns quesitos, de acordo com Luciana Buck, como fazer pesquisa prévia de preço, observar a facilidade de acesso no entorno do imóvel, averiguar se há oferta de serviços nas proximidades essenciais para suprir as demandas do seu dia a dia, comparar as ofertas e, principalmente, controlar o impulso e pensar com cautela antes de fechar o negócio. “Mas não tenho dúvida que o comprador consegue algumas promoções”, sinaliza a professora.

E são por clientes mais cautelosos que estão esperando as 22 incorporadoras e construtoras que estarão presentes no evento. “É sempre uma vitrine, mesmo que não haja fechamento de negócio durante o salão. Trabalhamos pensando no pós-venda, porque hoje a compra é muito mais longa. É muito difícil os clientes fecharem no próprio evento, mas isso já movimenta e fomenta novos negócios. Mesmo que não esteja em um momento de compra, a pessoa já fica com o imóvel na cabeça. Afinal, quem não é visto, não é lembrado”, brinca a Sócia da JVF Empreendimentos, Juliana Oliveira, que este ano está com dois estandes no evento com cerca de 540 unidades disponíveis no Cabula.

Fonte: Jornal Correio da Bahia.

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