O setor do emprego formal em Salvador foi na contramão do cenário estadual e finalizou o mês de outubro deste ano com saldo positivo. Enquanto na Bahia foram perdidos 36 postos de trabalho com carteira assinada, na capital foram geradas 204 vagas, de acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).
A taxa positiva observada no período é motivada principalmente pelos números obtidos no setor de comércio, com saldo positivo de 390 postos. Outro segmento de destaque é o de serviços industriais de utilidade pública, com 182 vagas abertas.
Também registraram variação positiva as área de “Indústria de Transformação” (36), “Serviços” (145), “Administração Pública” (127) e “Agropecuária, Extrativismo vegetal, Caça e Pesca” (4).
“Historicamente, outubro costuma ser um mês positivo pelo início de constatação para cargos temporários, pela proximidade de datas festivas e também pela BlackFriday”, justificou. O economista ressalta, no entanto, que ainda “não dá para falar de retomada expressiva, pois é um dado tímido, e não dá pra se falar em retomada do emprego”.
O maior decréscimo no índice de empregos formais foi contabilizado na área de Construção Civil (-678). Em seguida, o número de funcionários desligados é mais elevado que o de admitidos no setor da “Extrativa Mineral”, com duas perdas.
No acumulado do ano, entretanto, o setor ainda inspira cuidados na capital baiana: entre os meses, aproximadamente 2.935 empregados foram afastados de suas funções. A conjuntura, projeta Etkin, deve ser agravada entre dezembro e janeiro, quando pessoas contratadas para ocupações temporárias têm o prazo do contrato finalizado.
* Participante da 12ª edição do CORREIO de Futuro
Fonte: Jornal Correio da Bahia.