Nesta terça-feira (8/8), por volta das 13h30, o Impostômetro da Associação Comercial de São Paulo (ACSP) mostrará que os brasileiros já terão desembolsado nada menos do que R$ 1,3 trilhão em tributos desde o início do ano. O painel considera todos os valores arrecadados pelas três esferas de governo a título de tributos: impostos, taxas e contribuições, incluindo as multas, juros e correção monetária.
A marca de R$ 1,3 trilhão chega 22 dias antes do que em 2016, revelando que a receita tributária acelerou de um ano para outro. Na avaliação do presidente da ACSP e da Federação das Associações Comerciais do Estado de São Paulo (Facesp), Alencar Burti, esse avanço já reflete, possivelmente, a elevação do PIS e da Cofins sobre os combustíveis, além da inflação do período. “Conclusão: o rombo no bolso dos consumidores está cada vez maior”.
Por outro lado, ele destaca o lado bom do crescimento do bolo tributário: ele também resulta da reação de setores como o comércio atacadista e o automotivo, que têm apresentado expansão nos últimos 12 meses. “O comportamento da arrecadação sinaliza que, embora lentamente, a economia brasileira está no caminho da recuperação”, enfatiza.
O Impostômetro foi implantado pela ACSP em 2005 para conscientizar os cidadãos sobre a alta carga tributária e incentivá-los a cobrar os governos por serviços públicos melhores. Está localizado na sede da entidade, na Rua Boa Vista, 51, no centro da capital. Pelo portal www.impostometro.com.br é possível visualizar outras informações como arrecadações por estado e município e projeções.
Para o levantamento das arrecadações federais, a base de dados utilizada é a Receita Federal do Brasil, a Secretaria do Tesouro Nacional, a Caixa Econômica Federal, o Tribunal de Contas da União e o IBGE. As receitas dos estados e do Distrito Federal são apuradas com base nos dados do CONFAZ, das Secretarias Estaduais de Fazenda, dos Tribunais de Contas dos Estados e da Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da Fazenda. As arrecadações municipais são obtidas através dos dados da Secretaria do Tesouro Nacional, dos Tribunais de Contas dos Estados e dos municípios que divulgam seus números em atenção à Lei de Responsabilidade Fiscal.
Fonte: Associação Comercial de São Paulo