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Obras de Mário Cravo estão expostas na ACB

  • 02 de agosto de 2018 - 20:36

 

Eternizado em obras de arte espalhadas por espaços públicos, museus e galerias do Brasil e do exterior, o baiano de Salvador Mário Cravo Júnior faleceu nesta quarta-feira, 01/08, aos 95 anos de idade. Algumas das suas esculturas podem ser visitadas no Salão Nobre da Associação Comercial da Bahia, onde estão expostas desde o mês de maio.

O artista era o último modernista baiano vivo. Ainda estudante do internato do Colégio Antônio Vieira, descobriu a habilidade para o desenho e, tempos depois descobriu-se com talento e gosto pela escultura. Foi estudar no Rio de Janeiro e, depois, nos Estados Unidos. Quando voltou ao Brasil, tornou-se um especialista em monumentos.

Atualmente, uma caminhada por Salvador é suficiente para nos apresentar todas as formas monumentais imaginadas e materializadas por Mário Cravo Júnior. Dentre as mais conhecidas estão “O monumento às quatro raças”, na Praça Cayru, bairro do Comércio, “A cruz caída”, na Praça da Sé, a escultura de Ruy Barbosa, no Fórum de Nazaré, a sereia de Itapuã, o memorial a Clériston Andrade, na Avenida Garibaldi, e o Parque das Esculturas, em Pituaçu, onde existe o acervo do artista com cerca de três mil obras, entre elas a “Via Crucis”.

Premiado nacional e internacionalmente, ao longo de mais de sete décadas de trabalho foi um dos artistas plásticos baianos que mais estimulou e valorizou os elementos da cultura popular para produzir arte, deixando que as dimensões do sagrado e do profano entrassem em atrito numa obra plural e imprevisível.

Em 2017, ele comemorou 70 anos de sua iniciação profissional. Tudo começou em 1947, quando ele expôs por duas vezes: Mario Cravo Júnior Expõe (no Edifício Oceania) e Mario Cravo Esculturas e Desenhos (na Associação de Cultura Brasil-Estados Unidos- ACBEU).

Mario Cravo trabalhou normalmente no Espaço Mario Cravo, em Pituaçu, até 16 de julho. Por lá, ele continuava produzindo suas obras, durante todas as manhãs. Deixa a esposa, Maria Lúcia Ferraz Cravo, com quem se casou em 1945. Os dois tiveram quatro filhos.

Texto: Antônio Nykiel

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