Pelo segundo mês consecutivo, o percentual de famílias com algum tipo de dívida tem alta no Brasil. De acordo com a pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) divulgada nesta quarta-feira (5), o endividamento atingiu 60,7% das famílias em agosto, uma alta de 0,9 pontos percentuais em relação a julho. Na comparação com agosto do ano passado, houve queda no percentual de famílias endividadas. Na ocasião, o indicador alcançou 61,2% do total de famílias.
O indicador considera dívidas com cheque pré-datado, cartão de crédito, cheque especial, carnê de loja, empréstimo pessoal, prestação de carro e seguro. Dentre as famílias ouvidas pela pesquisa, 13,5% se disseram muito endividadas, 23,9%, mais ou menos endividadas, 23,9% pouco endividadas e 0,2% não souberam responder. Os outros 39,1% afirmaram não ter dívidas deste tipo.
O percentual de famílias com dívidas ou contas em atraso, ou seja, que estão inadimplentes, também aumentou em agosto na comparação com o mês imediatamente anterior, de 23,7% a 23,8% do total. No confronto com o mesmo mês do ano passado, porém, houve queda do percentual de famílias inadimplentes – havia 25,9% do total de famílias nesta condição em agosto de 2017. O percentual de famílias que declararam não ter condições de pagar suas contas ou dívidas em atraso e que, portanto, permaneceriam inadimplentes também aumentou de 9,4% em julho para 9,8% agosto de 2018, apresentando queda, porém, em relação aos 10,6% de agosto de 2017.
A pesquisa mostrou que o cartão de crédito segue como o maior vilão do endividamento familiar. Do total de famílias endividadas, 76,8% disseram ter débitos com o cartão de crédito. Em segundo lugar, os carnês aparecem como principal dívida, atingindo 14,2% das famílias endividadas. Em terceiro lugar aparece o financiamento de carro, para 10,4% dos entrevistados.
Fonte: Bahia Econômica