Foto: Hitanez Freitas

A segunda-secretária da Embaixada da República Democrática Federal da Etiópia em Brasília, Beza Melis, visitou a Associação Comercial da Bahia (ACB) nesta quarta-feira, 12 de junho, quando foi recepcionada pelo coordenador da Câmara de Comércio Exterior da ACB, Wilson Andrade, e diretores da casa.

Durante o encontro, houve conversas sobre os avanços registrados nas relações entre os dois países nos últimos anos e sobre as novas parcerias que vão ser firmadas oportunamente. “Nossa visita tem a finalidade de solicitar a ACB a indicação de três nomes para que possamos avaliar e selecionar um Consul Honorário da Etiópia na Bahia”, revelou Beza Melis.

Wilson Andrade, que atualmente preside o Conselho Consultivo do Fundo Comum de Commodities da ONU, se mostrou otimista com os possíveis avanços nas relações comerciais entra a Etiópia e a Bahia. Como informou, a Bahia tem potencial para estabelecer relações com o país africano, especialmente nos segmentos de celulose, petroquímica, petróleo, frutas e grãos. “Verificamos que a Etiópia, apesar de ser a economia que mais cresce no continente africano, tem uma balança comercial bastante desfavorável como Brasil. Por isso entendemos os esforços da Embaixada e pretendemos colaborar para a ampliação das relações comerciais”, disse.

Como informou a secretária, diversas fábricas, principalmente dos setores dos têxteis, vestuário, calçado e componentes automóveis, já se instalaram no país ou estudam mudar a curto prazo operações industriais na Etiópia. “O novo governo investiu em um parque industrial de grandes dimensões, semelhante aos do primeiro mundo: é ecologicamente sustentável e assume uma pegada de CO2 muito reduzida, o que o transforma num dos mais modernos complexos do gênero, se não mesmo o mais moderno, em toda a África”, destacou Beza Melis.

Algumas empresas dos Estados Unidos foram pioneiras no investimento no país. O exemplo mais interessante é o da PVH Corp., proprietária das marcas Calvin Klein, Van Heusen, Izod, Arrow, Speedo e Tommy Hilfiger, que decidiu instalar-se no parque industrial-modelo, construído em Hawassa, cidade a 220 quilômetros ao sul de Adis Abeba, a capital.

Texto: Antônio Nykiel