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Residentes em Arquitetura da Ufba criam projetos em comunidades carentes

Assistência técnica gratuita é oferecida em centros urbanos

  • 10 de novembro de 2017 - 12:39

Equipes de estudantes e professores da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal da Bahia (FAUfba) estão elaborando, gratuitamente, projetos de serviços para melhoria de habitações em comunidades de baixa renda em Salvador e cidades do interior do estado. “Nosso objetivo é fazer da periferia parte da cidade”, afirma Angela Gordilho, coordenadora e idealizadora da Especialização em Assistência Técnica, Habitação e Direito à Cidade da FAUfba.

Praças, parques, melhorias de acesso, planos de arborização, dentre outras propostas, são idealizadas individualmente pelos alunos durante o programa, que tem duração de 14 meses. No total, 45 projetos foram finalizados e outros 30 devem ser concluídos até o final de 2018.

A professora explica que os alunos aprendem a trabalhar com a participação popular. “O projeto é elaborado a partir da demanda das comunidades”, diz Angela Gordilho. Durante dez meses de visitas e conversas, os alunos identificam as demandas dos moradores para então elaborar um plano de melhoria.

O trabalho final dos universitários deve ser apto a ser realizado, com o menor custo e em tempo possíveis, e a proposta final é entregue à comunidade. De acordo com a coordenadora, o projeto pode servir como propulsor para captação de recursos para sua execução. “Nós fazemos a mediação entre o poder público e a comunidade; esse é o nosso dever”, explica.

O conhecimento teórico e prático adquirido na residência profissional é levado através dos estudantes para outros municípios. O programa recebe alunos de cidades baianas e também de universidades parceiras das cidades de Pelotas (RS), Brasília (DF), João Pessoa (PB) e Fortaleza (CE).

A especialização, que faz parte do Programa de Pós-Graduação em Arquitetura e Urbanismo da Ufba (PPGAU-Ufba), funciona desde 2013 e conta com 54 professores da FAUfba e da Escola Politécnica da instituição. A residência recebe em média 25 alunos recém-graduados em Arquitetura e Urbanismo por turma – e a concorrência por uma vaga é grande: 90 candidatos se inscreveram na última seleção.

De acordo com a professora, o mercado é escasso de profissionais de planejamento urbano que trabalhem com as demandas das periferias das cidades. “Estamos criando demanda profissional e demanda para melhores cidades”, afirma Angela Gordilho. O programa é o único de residência em Arquitetura e Urbanismo do Brasil. Saiba mais sobre o programa clicando aqui.

Fonte: Jornal Correio da Bahia.

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