O panorama do setor de construção naval e offshore foi o tema da palestra do diretor de relações institucionais e sustentabilidade da Enseada Indústria Naval, Humberto Rangel, durante Reunião de Diretoria da ACB, nesta quinta-feira, 24 de maio.
Em debate conduzido pelo vice-presidente Adary Oliveira, o convidado classificou o momento vivido pelos estaleiros nacionais como de crise de liquidez. “A crise foi iniciada em novembro de 2014 e sua origem está na suspensão dos pagamentos da Sete Brasil, o que levou a paralisação das obras de construção das sondas”, apontou.
Humberto Rangel apresentou o “case Enseada” onde demonstrou os investimentos, empregos gerados e atividades já realizadas pelo estaleiro que iniciou a produção das encomendas pela Sete Brasil.
“Em meados de 2012, à época do início de nossa instalação na Bahia, havia uma forte preocupação com os chamados estaleiros virtuais, que ainda não estavam construídos. Hoje, com 82% de avanço físico e já licenciados para operar, temos que lidar com o problema de encomendas virtuais, ao menos no curto prazo”, detalhou Rangel.
Segundo indicou, a implantação do estaleiro foi assegurada por contratos para a fabricação de seis navios-sonda, equipamentos com elevado nível de sofisticação e nunca produzidos no Brasil. À época, segundo o porta-voz da empresa, foram asseguradas, pelo Governo Federal, condições de suporte para o primeiro ciclo industrial, entre 2013 e 2020.
“O governo fez uma convocação e os empresários se colocaram à disposição diante de condições que, momentaneamente, não estão sendo asseguradas”, pontuou Rangel.