Rosemma Maluf é vice-presidente da ACB – Foto: Uendel Galter | Ag. A TARDE
A Associação Comercial da Bahia (ACB), por meio do núcleo ACB Mulher, em parceria com diversas outras entidades associativistas, realiza o talk show “Mulheres&Negócios: a força da representatividade feminina”, hoje, durante todo o período da manhã, na sede da ACB, no bairro do Comércio. O evento marca o Dia Mundial do Empreendedorismo Feminino, comemorado em 19 de novembro.
Além de espaço para pitch de negócios, momento para networking e troca de contatos, o encontro apresentará três painéis temáticos: “Elas no topo: Soft skills em alta”, “O fortalecimento dos negócios com DE&I, a partir do olhar feminino” e “Show me the money: Mude sua mente, mude seu bolso”.
Como justifica a vice-presidente da ACB, Rosemma Maluf, para além da diversidade e das oportunidades que abrem portas às mulheres, o empreendedorismo feminino afeta diretamente e positivamente o mundo dos negócios. Como aponta, no Brasil, as mulheres representam 52% da população, porém, elas ocupam posições de destaque em apenas 13% das 500 maiores empresas do país. “Trocando em miúdos, não há representatividade no mercado formal de trabalho”.
Segundo Rosemma, abrir o próprio negócio pode ser transformador não apenas para a vida individual da mulher, mas também para todo o núcleo familiar. “Isso porque o empreendedorismo permite a emancipação das mulheres não apenas em termos financeiros e econômicos, mas também em questões sociais. Mulheres em situação de violência doméstica, por exemplo, encontram nele uma forma de apoio e sustento para se verem livres, junto à suas famílias, das situações de agressão e abuso”.
CEO da Ricart Consultoria e co-líder do Grupo Mulheres do Brasil – Salvador, a empresária Jana Ricarte compartilha este mesmo sentimento. “Ser empreendedora me fez entender a importância dessa causa, que não é individual, e sim coletiva, para que possamos fortalecer o ecossistema dos negócios femininos, nos apoiando, aprendendo e crescendo juntas”.
Vanessa Nogueira, coordenadora da CME, acrescenta que a mulher consegue ser multitarefas com dedicação, sabedoria, foco e resiliência para conquistar seu espaço. “A desigualdade ainda existe, os desafios acabam sendo ainda maiores e a gente precisa se dedicar mais, para ocupar o nosso espaço”.
Sócia da Owadokun & Fernandes Advocacia, a advogada Jéssica Fernandes vê no empreendedorismo feminino um dos caminhos viáveis para gerar mudanças relevantes em um cenário ainda dominado pelos homens. “O empreendedorismo é uma importante ferramenta de transformação social e emancipação financeira, sobretudo para quem não vem de uma condição de privilégio”.
Já para a vice-presidente da Associação dos Jovens Empresários da Bahia (AJE) e CEO da Consultoria Impacto Humano, Eleine Passos, mulheres que assumem seus próprios negócios têm mais condições de ascender em cargos de liderança e ter o direito de propor ideias criativas e inovadoras. “Empreender é gerir emoções, comportamentos e resultados”.