O século XXI nos apresentou uma gama de desafios como a evolução das tecnologias digitais, clientes mais informados e conectados, exigências regulatórias e restrições socioambientais, que demandam transformações ágeis e sucessivas para quem busca se sustentar ao longo do tempo.
Para falar sobre o tema, a Associação Comercial da Bahia recebeu nesta quinta-feira, 26, a visita do professor, psicólogo e economista Eduardo Oliveira Santos, que usou sua pesquisa sobre a “Teoria U – uma nova tecnologia social” para nortear a palestra.
Como apontou o palestrante, sua pesquisa foi motivada por problemas ainda não solucionados, como Educação, Saúde, Segurança Pública e Meio Ambiente, além do Fechamento de Empresas.
Logo no início de sua apresentação, Eduardo Oliveira apresentou trecho do prefacio do livro A Quinta Disciplina, escrito por Peter Senge, professor e pesquisador do M.I.T. (Boston/EUA), que prega: “Praticamente todas as teorias de aprendizagem conhecidas se concentram em aprender a partir do passado. Embora esse tipo de aprendizagem seja importante, não é suficiente quando estamos avançando para um futuro que é profundamente diferente do passado.”
Para provocar os presentes, o palestrante questionou: “Era de mudanças ou mudanças de era?” Como exemplos, usou a Kodak, que até os anos 1990 era líder mundial no segmento fotográfico, mas, por não acreditar na fotografia digital, perdeu lugar no mercado. “Temos ainda a Uber, que não possui um único carro mas é a maior empresa de táxi do mundo, assim como a AirBNB, maior companhia hoteleira do mundo, que não possuiu um quarto de hotel”.
Em seguida, apresentou o conceito essencial da Teoria U: “Deixar ir o velho e
render-se ao desconhecido”.
Segundo o palestrante, o século XX foi caracterizado pelo foco no produto e no processo. O século XXI está focado na inovação. “A intuição emerge como fator preponderante para a percepção do novo”, complementou Eduardo Oliveira.
Como exemplo, citou Arie de Geus, Executivo da Shell Oil Co, autor do livro A Empresa Viva: “Os sinais de perigo estão aí, e muitos conseguem identifica-los, e, no entanto, por algum motivo, não conseguem penetrar no sistema imunológico da empresa, que se protege do desconhecido”.
Como objetivos da sua teoria, Eduardo Oliveira Santos defendeu a construção de novos caminhos, focados na inovação, visando a sustentabilidade da organização, num futuro próximo, a disseminação do processo de criatividade/inovação em toda a organização, e a criação de um clima organizacional propício à criatividade/inovação.
Com estes conceitos implantados, segundo apontou, as organizações podem alcançar o desenvolvimento do potencial de criatividade da organização, a percepção de projetos inovadores, o aumento da produtividade laboral, a expansão positiva da relação inter e intra pessoal e a ampliação do nível de consciência pessoal e coletivo.
“E as etapas para implementar esta teoria e alcançar seus resultados passam por capacitação da equipe, com atenção para os perfis psicológicos dos colaboradores; dinâmica de implementação, que inclui ouvir, debater, dialogar, realizar, prototipar e cristalizar; e, por fim, aplicação de conhecimentos, que inclui Levantamento do Clima Organizacional, Preparação do Campo Social, Recomendações e Práticas da Teoria U, Planejamento Estratégico, Processo de Gestão e Percepção de Novos Projetos”.
Princípios e Práticas da Teoria U